22.10.08

GNOSEI SEAUTON I

piupiu, trrimm trrimm, ahah, vrummm, splash, aumaum...um sorriso, um riso, uma gargalhada, o canto dos pássaros, o ladrar dos cães, o miar dos gatos, o barulho do mar, o barulho das rodas de uma bicicleta na estrada...o barulho do silêncio...fecho os olhos e oiço-os todos, como se estivessem mesmo aqui, quase que os posso tocar...sinto a deslocação do vento...sssss...sinto o toque dos raios de sol...sinto-me livre...
olho as pessoas q passam por mim e, como tempo é coisa q nao m falta, imagino o q cada uma delas será...advogado, professora, médica, dentista, vigarista, gestor, prostituta, dondoca, proxeneta, contabilista, economista, empresária, empregada doméstica, estudante, enfermeiro, político...de onde cada uma vem...de casa, do trabalho, do café...para onde cada uma vai...ginásio, reunião, trabalho, casa, escola...no q cada uma vai a pensar...(dificil, dificil) coisas agradáveis, desagradáveis, obrigações, vontades, desejos...e cada vez mais tenho a certeza d q o q parecemos mtas vezes nd tem a ver cm o q somos...mas é interessante fazer este exercício, obriga-me, mesmo q involuntariamente, a pensar naquilo que os outros julgam q sou, q faço ou q penso qdo olham para mim...que imagem cada um d nós passa?o q influencia essa imagem?a roupa?a postura?o aspecto?ou somente a imagem q os outros fazem d nós? pensando bem é tao supérfula a nossa imagem...o q queremos transmitir...mtas vezes qto mais nos esforçamos para transmitir uma dada imagem mais distorcida ela chega ao(s) receptor(es)...é tão bom ser genuíno, sermos nós próprios, sem convenções, sem etiquetas, modas, tiques ou pretensões...
faz-nos falta umas aulas...de "como ser natural", como ser um produto manufacturado, único, especial mas verdadeiro...mas tal como os produtos artesanais...estes são raros e muito caros.
esta certeza já a tenho há imenso tempo...mas cd vez mais (talvez seja da idade, da altura em q m encontro, altura de (in)decisões, de (in)certezas...) me convenço de que as pessoas com quem me cruzo, com quem convivo, com quem falo, discuto, rio, bebo café não são exactamente o q eu fiz delas...provavelmente fui eu q intrepertei mal os sinais, a linguagem q essa pessoa transmite...ou provavelmente a linguagem dessa pessoa foi modificada, trabalhada para passar uma iamgem bem diferente da real...ou eu preciso de óculos ou os outros de um espelho. Mas atenção, eu tb sei q o q digo s aplica a mim, acima d tudo sou um produto da sociedade em q vivo e tb tenho a mnh boa dose de hipocrisia, diplomacia, socialmente correcto, "saber viver" ou lá como lhe queiram chamar...mas chego cada dia á conclusão q esta camada s está a desgastar, está a ficar fina e demasiado frágil, parte-se com facilidade e... aí venho eu. Estou farta, cansada de viver rodeada de cinismo, hipocrisia, falsidade, pq uma coisa é saber conviver numa sociedade tão díspar mas a outra é trocarmos a nossa cara pela nossa máscara...
olho para as crianças - são tão espontâneos, sinceras... - pq é q nós perdemos estas capacidades? é tão facil estar com uma criança, pelo menos nao há máscaras, se elas querem dzr feio dizem-no em vez d dizerem menos bonito, se querem dzr gordo nao dizem forte ou gordinho, s querem dzr gosto d ti dizem-no, não esperam por amanhã para o dzr...
nós ao crescer tomamos determinados factos como adquiridos, determinadas pessoas como nossas "qualquer coisa", determinadas atitudes como correctas, certos comportamentos como adequados enfim tomamos quase tudo com um dado adquirido...e isso tira a piada de viver!!!o q é mlh?...saber q gosto de alguém ou, por exemplo, a meio do dia telefonar a essa pessoa e dzr "és importante. gosto de ti!!"??e ver um sorriso ou receber um silêncio de alguém surpreendido? ou ainda, ser sincero cm um amigo, "estás feio, hoje" , em vez d "que giro" e, na altura, recebermos uma cara "feia" mas aquela pessoa saber q pode contar cm a nossa opiniao?bem mlh do q nn termos a certeza s o q nos dizem é vdd ou nao...
nos além d seres de hábitos somos seres acomodados...aceitamos o q vem e já está bom!!!
...sonho, luta, conquista, derrota, subir, descer, vitória...
a felicidade está para a alegria como uma lâmpada eléctrica está para o sol...a felicidade tem sempre um objecto, é-se feliz por alguma coisa, é um sentimento cuja existência depende do exterior. a alegria, pelo contrário, não tem objecto, possui-nos sem qualquer razão aparente, assemelha-se ao sol pq arde graças à combustão do seu próprio coração!!
quero aprender a ser alegre...ou melhor a deixar-me ser alegre!!
é preciso generosidade na vida, quando cultivamos o nosso caracterzinho sem ver mais nada do que está à nossa volta, significa que ainda respiramos mas que já estamos mortos.