4.1.08

how many times it's all about chemistry?

quantas vezes...
...levamos a vida na busca incessante de...boa!!de quê?buscamos invariavelmente "ser felizes"...e o que é que isso significa?para mim este é mais um dos subterfúgios que gostamos de usar para escondermos os nossos desejos, as nossas ambiçoes, as nossas reais vontades...quantas vezes admitimos o que realmente queremos?quantas vezes lutamos por isso?quantas vezes culpamos os outros pelos nossos insucessos?quantas vezes nos responsabilizamos?quantas vezes...
quando em nós descobrimos, ou julgamos descobrir, um sentimento por alguem, seja ele qual for, condenamos essa pessoa a corresponder-lhe, a ser "digna" dele, a ter de o merecer, e quantas vezes nos perguntamos se essa pessoa quer esse sentimento?se quer corresponder-lhe?e acima de tudo como lhe quer corresponder?sim, porque nós partimos do principio que se o nosso sentimeno é "A" o daquela pessoa escolhida e sortuda terá certamente de ser também "A".
será que já parámos para pensar quantas vezes julgamos os outros por nao corresponderem, pelo menos do modo que nós quereríamos, ao nosso sentimento?que lei os obriga?será ela uma lei geral ou uma lei específica?
foi por ter chegado a esta conclusão que agora digo: não, tu não tiveste culpa de nada...nao te censuro, nao te condeno, nao sou ninguem para o fazer...tu deste-me o que pudeste e nunca pediste o que eu tinha para te dar!
quantas vezes já eu fiz o mesmo?nao corresponder aos sentimentos que outra pessoa terá sentido por mim?quantas vezes já terei sido julgada por ser uma tirana incapaz de dar valor ao sentimento dos outros?e quantas vezes pensei nisto?poucas...por até agora estava convencida que tinha feito o meu melhor uma vez que dei tudo o que pude de acordo com as situaçoes...
é incrivel o modo como nós conseguimos vestir tantos papéis sem os misturar...quantas vezes isso seria benéfico...pormo-nos no papel do outro, naquilo que ele espera de nós e depois vermos aquilo que nós podemos dar...e depois??quem é injusto?quem é cruel?quem nao pode corresponder ao sentimento ou por outro lado quem quer obrigar alguem a aceitar e corresponder a um sentimento que nao pediu e que nao tem culpa de existir??
quantas vezes amámos e nao fomos amados?e quantas vezes fomos amados e não amamos?em qual destas situações fomos "vitimas"?e em quais fomos "carrascos"?
o nosso egoismo nao nos permite vermos isto...porque o nosso sentimento é sempre O maior, o mais puro, aquele que merece sem sombra de dúvida ser correspondido...
quantas vezes somos honestos connosco e com os outros?quantas vezes temos a capacidade de sermos frios e ate crueis mas sinceros para nós e para os outros?é esta capacidade que estou a descobrir em mim...a de perceber que um pouco de impiedade pode ser o bisturi que faz a diferença numa cirurgia em que um problema é extirpado.
é por tudo isto que eu, agora, te agradeço por me teres feito ver que nem sempre estive certa (embora haja coisas que continue a condenar), que me tenhas feito ver, ou melhor rever que eu afinal sou forte...é preciso bem mais do que isso para me deitar abaixo...e mesmo quando eu for ao fundo é só para voltar ainda mais forte!
no final de tudo "OBRIGADA"...por me teres permitido aprender a ver as situações por várias perspectivas, descentralizando-me do meu "umbigo" que...não é o centro dos sentimentos!!

Sem comentários: