5.1.08

wonder what you do to me

as vezes que procurei razoes
que justificassem a minha dor...
as vezes que fugi do contacto humano só para não sofrer
as vezes que esperei pelo momento certo
e disse nao a tantos que fugiram por entre os dedos como àgua que não se contem
as vezes em que senti nao fazer falta,
nao ser precisa, necessária
as vezes que acusei de traição e foi acusada de fuga
por crimes nunca cometidos,
por palavras nao ditas, por momentos nao vividos
quantas vezes senti que o meu destino era uma viagem para a qual eu nao tinha mapa
por quanto tempo deixei todas as minhas esperanças agarradas às estrelas
esperando que fossem elas a indicar-me o caminho
a mostrar-me o mapa escondido, que sonho tao enganador...
mas isso foi há muito muito tempo,
tempo em que era suficientemente capaz para querer mas nova demais para poder,
durante algum tempo conduzi experiências com as quais aprendi coisas fantásticas
e quando não tinha ninguem a quem chamar "meu"
aprendi a apreciar alguem
conduzimos esperiências e descobrimos que duas coisas que juntámos
tinham uma grande tendência para explodir
fui boa aluna e aprendi aquilo que me ensinaste para um dia mais tarde ensinar quando chegar a minha vez
boas recordações, imagens, momentos, sentidos, sensações, expressões, emoções
e entao quando me senti novamente sozinha e sem sentido
pensei em todas as coisas que aprendi contigo,
com grande tendência para explodir...

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